quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Olá!! Essa semana recebi uma redação MUITO boa sobre consumo e consumismo. Quem escreveu foi o Leandro Marley. Gostei tanto do texto que pedi para publicar no blog!! A redação está muito bem organizada. Ele desenvolveu muito bem as ideias e mostrou conhecimento de história e atualidades. O ENEM espera justamente que o aluno consiga relacionar o que aprendeu e o que leu com a problemática proposta. Para não dizer que está 100% , achei o vocabulário muito rebuscado em alguns momentos. Nesse caso funcionou porque o Leandro escreve muito bem mas eu sempre digo que o importante é um texto limpo e coerente. A norma padrão deve ser mantida sempre mas não precisamos dar uma de Shakespeare :)

Muito bom Leandro!! 

Os paradoxos do consumo

Promoções, descontos, liquidações. Na sociedade contemporânea, lidar com esses vocábulos tornou-se fenômeno tão habitual que os indivíduos, frequentemente, estão expostos a um grande número de propagandas, abrangendo nessa perspectiva os mais variados meios de comunicação. O ato de consumir, incentivado por tal “marketing”, não pode ser caracterizado como algo maléfico, uma vez que inúmeros produtos e serviços suprem essenciais demandas da população. Por outro lado, o consumo, se não realizado de forma consciente e cautelosa, pode trazer consequências irreversíveis.
As civilizações antigas lançavam mão do escambo como forma de efetivar a troca de produtos entre si. A partir da invenção da moeda, a compra e venda de mercadorias ampliou-se significativamente. Contudo, nos dias atuais, o uso de recursos tecnológicos, como o cartão de crédito, levam as transações comerciais a patamares inimagináveis, fazendo com que a aquisição de uma mercadoria seja realizada mesmo sem dinheiro disponível.
Recentemente, no contexto brasileiro, o consumo foi utilizado como válvula de escape para o reaquecimento da economia do país, o que resultou na facilidade de obtenção de empréstimos, fartura de crédito e financiamentos. Tal medida governamental, no entanto, vem recebendo duras críticas por parte de renomados economistas, na medida em que seu uso promove a elevação do endividamento das famílias e diminuição do número de investimentos – fatores negativos para um sólido crescimento econômico.
Cabe mencionar que o consumo excessivo não é exclusividade dos brasileiros. Em 2008, eclodiu nos Estados Unidos uma severa crise financeira cuja origem é atribuída, sobretudo, à disponibilização de crédito facilitado ao setor imobiliário daquele país. Ou seja, os cidadãos americanos adquiriram imóveis avidamente, mesmo sem condições para pagá-los. Os resultados deste comportamento inadequado foram o fechamento de grandes bancos e o aumento do desemprego em escala mundial.
Dessa forma, consumir, por natureza, traz aos indivíduos o acesso a produtos e serviços que lhes proporcionem bem-estar – algo considerado bastante salutar.Entretanto, quando o consumo se torna desmedido, deve receber os olhares atentos tanto do governo, como dos que sentem os seus reflexos. Assim, no intuito de atenuar o surgimento de atitudes desproporcionais de consumo, são de grande relevância a atuação criteriosa de órgãos monetários e fazendários e a realização de campanhas educativas no tocante à organização de orçamento pessoal.     

3 comentários:

  1. O cara é bom mesmo, e apesar de ter usado uma linguagem, por vezes, pomposa demais; ela não destoa nunca. Não há pontos em que o vocabulário fica pobre, é bem equilibrado. Além disso, os argumentos fogem do senso comum. Está na cara que essa pessoa é um leitor assíduo! Parabéns!

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  2. Queria eu ter um vocabulário deste .. muito equilibrado, a redação está excelente!

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  3. O texto é bom, gostei da relação com a crise do setor imobiliário estadunidense, mas essa proposta de intervenção estaria boa para o ENEM? Eu acho que talvez tenha faltado algo mais concreto, ele só encaminhou, não?

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