terça-feira, 30 de abril de 2013

Uso da palavra "princípio" na redação

Percebi que existe alguma confusão quanto ao uso da palavra "princípio" na dissertação.  O post de hoje tem como objetivo mostrar as 3 formas que essa palavra é normalmente usada e explicar a diferença entre cada uma delas.

1- A primeira forma é a mais comum: 

A PRINCÍPIO-  Quando esta palavra é precedida de "A" o significado da expressão é: no começo 

Ex: A princípio, a maioria das mulheres se ocupava integralmente com atividades domésticas. Hoje, a maior parte delas já trabalha fora de casa. 


2- A segunda forma:

POR PRINCÍPIO-  Significa "por convicção" (convicção quer dizer ideal ou valor que uma pessoa carrega). 

Ex: Por princípio, a sociedade da época não aceitava o divórcio. 


3- A terceira forma: 

EM PRINCÍPIO- Significa "em tese". 

Ex: Em princípio, somos todos iguais perante a lei. 


segunda-feira, 29 de abril de 2013

SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA PROPOSTO

Oi pessoal!! Um problema  que já discutimos aqui foi a "solução" que o Enem espera que encontremos para os problemas propostos. Escolhi esse tema hoje porque andei lendo muitas redações que trazem soluções muito genéricas... Por exemplo: "O GOVERNO DEVE INVESTIR EM EDUCAÇÃO" ou " O BRASIL PRECISA TOMAR CUIDADO COM O DESMATAMENTO". Estas medidas são coerentes, no entanto não ajudam muito. O segredo é ser mais direto e mostrar que você entende bem tais problemas sociais.

Eu encontrei uma redação  muito legal da Yarina Rangel (uma das poucas que conseguiu nota 1000 na redação do ENEM). Leiam o texto dela observando o quão  específica  e criativa ela consegue ser com as soluções para a questão da IMIGRAÇÃO no século XXI. 


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Novo DESAFIO RED

Este é um exercício para testar o nível de conhecimento em atualidades de vocês!! Boa sorte!!


segunda-feira, 1 de abril de 2013

TEMA PARA REDAÇÃO


Texto 1: 


O corpo é um dos meios através dos quais nossa cultura se manifesta. Roupas, alimentos, gestos, rituais no lazer e no trabalho, se expressam na superfície simbólica de nosso corpo, onde também as regras, as hierarquias, as ideologias e as crenças estão inscritas. O corpo, pois, tem sua linguagem e se constitui numa metáfora da cultura na qual vivemos.
Mas ele não é somente um texto da cultura, é também objeto de controle social. Rotinas e regras convertidas em atividades habituais constroem nosso corpo e, reflexamente, o robotizam. Quais dóceis cães pavlovianos, reagimos sempre da mesma maneira diante dos mesmos estímulos.
Por meio da organização e regulação do tempo, espaço e da vida diária, somos treinados, modelados e marcados para desempenhar um papel conforme o momento histórico em que vivemos.
Especialmente com as mulheres, sempre foram dispensados mais tempo e cuidados no manejo de seus corpos, os quais, disciplinados e normatizados, tornaramse presa fácil de uma estratégia de controle social. Nos tempos atuais, de um narcisismo exacerbado e de uma cultura de imagens, a obsessiva preocupação com a aparência física afeta mais fortemente o sexo feminino, acentua e mantém o domínio falocrático e cristaliza as relações de poder entre os sexos.
Mas, assim como o corpo, também as doenças têm sua história. Influenciadas pelos modismos, são intensamente medicalizadas pelos progressos técnicos e comerciais da indústria farmacêutica, alterados seus diagnóstico e a terapêutica. Novas patologias foram criadas, sendo, algumas, puras elucubrações, elaboradas com propósitos diversos que não médicos. E, novamente, as mulheres são as mais envolvidas.
Como a bruxaria e as possessões demoníacas na Idade Média, a neurastenia e a histeria no século 19, em nosso século, a adolescência, a gestação, a menstruação, a menopausa, foram “adoecidas” e, portanto, tornaram-se passíveis de “tratamentos”.
Assim, vemos que, no passado como no presente, o “corpo sofredor” da mulher se inscreve numa construção ideológica da feminilidade, característica de cada período histórico. Portanto não apenas a ética social, a aparência física, a sexualidade, o vestuário, a alimentação, são política e ideologicamente conceitualizadas, mas as doenças e seus enfoques terapêuticos também o são.
A busca intensa de uma imagem corporal estereotipada e da perene juventude atormenta mais  as mulheres. E esses objetivos femininos são estabelecidos por especialistas que muscularizaram e masculinizaram o corpo feminino a tal ponto, que até os suaves e arredondados perfis corporais e certas manifestações fisiológicas próprias do gênero foram incluídas na lista de patologias.
As mulheres são as maiores consumidoras de produtos dietéticos e medicamentos, freqüentadoras de spas e academias de ginástica, objetos de técnicas e experiências de contracepção, de esterilização, de cirurgias plásticas e outras. Às quais, docilmente, se submetem.
Talvez não seja este o caminho para a autonomia feminina. Pois remodelar o corpo segundo padrões e desejos androcráticos não possibilita acesso ao poder e aos privilégios masculinos. Desejar sentir-se autônoma e livre, submetendo corpo e alma às escravizantes práticas corporais e sociais, resulta em servidão, não em rebelião e transformação de uma cultura que sempre tratou a mulher como um mero pássaro cativo e decorativo.
Franklin Cunha (Adapt.)

Texto 2:


Ai Que Saudades Da Amélia

Mario Lago

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo que você vê você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado
Dizia: Meu filho, que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
Antiga propaganda de produtos de limpeza.

Desconstruindo Amélia
Já é tarde, tudo está certo
Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme ela arruma o uniforme
Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada
Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume esquecia-se dela
Sempre a última a sair...
Disfarça e segue em frente
Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa
Assume o jogo
Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto
Já não quer ser o outro
Hoje ela é um também
A despeito de tanto mestrado
Ganha menos que o namorado
E não entende porque
Tem talento de equilibrista
Ela é muita se você quer saber
Hoje aos 30 é melhor que aos 18
Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos
Ainda vai pra nigth ferver



Texto 3:



TEMA: Historicamente, as relações entre os gêneros masculino e feminino em nossa sociedade não se dão de forma equânime. Não obstante o senso comum de que houve avanços no sentido de igualdade entre ambos, vozes como a do texto de Franklin Cunha remetem-nos à discussão sobre a veracidade dessa autonomia da mulher na sociedade atual.
Com base nisso, redige um texto dissertativo-argumentativo acerca do seguinte tema:

 AUTONOMIA DA MULHER NA SOCIEDADE ATUAL: AVANÇO OU ILUSÃO?