Mas que raio de intervenção é
essa?
Por Marlise Machado
Gente, desculpem-me o “raio” no
título desse texto, mas é essa a pergunta que eu tenho ouvido nas minhas aulas.
O que é, para que serve e onde escrever a intervenção?
Bem, vamos por partes. Existem alguns
tipos de temas que podem ser explorados em provas de redação:
Temas polêmicos, com prós e contras, não costumam aparecer nas
provas do ENEM, já que podem abrir uma discussão muito profunda e as opiniões
podem ferir os direitos humanos (maior crime na redação junto com a fuga total
do tema).
Temas subjetivos, aqueles que o pessoal pode “viajar” mais, pois
nos abrem um leque de possibilidades. O ENEM aborda bastante os temas desse
tipo, mas sempre trazendo para o cotidiano e realidade atual. Quem gosta muito
de explorar essa temática é a banca da FUVEST.
Temas problema, aí é que me refiro! A prova do ENEM é craque em
pedir esse tipo de abordagem, por motivos bem simples: saber se o candidato
consegue sair do senso comum, se sabe conduzir sua linha de raciocínio pela
razão, não pela emoção e etc.
Mas, claro, para todo problema há uma solução, e essa solução deve aparecer na
conclusão (último parágrafo do texto). É essa a intervenção que a banca espera.
Mas veja bem, a ideia deve ser simples, plausível, que possa ser posta em
prática na vida real. Não é necessário pensar em algo que ninguém nunca pensou,
nem propor planos para conquistar o mundo. Propostas simples e sérias mostram
que o escritor é alguém informado e que lê bastante.
Mais uma coisa: tire da cabeça a
ideia equivocada de que “se eu falar mal do governo, eles vão me descontar
nota”, ou “preciso falar bem do PT para conseguir boa nota” (citei o PT, pois é
o partido da situação). Escreva uma intervenção sincera, simples e focada no
tema. Assim não haverá erro. Certo?!?
Nenhum comentário:
Postar um comentário