Texto 1
"Nossa cultura perdeu muito de seus valores
tradicionais. O dinheiro é a única coisa que sobrou para estimular os desejos e
as aspirações da maioria das pessoas. O dinheiro tomou o lugar ou entrou
profundamente no mundo da religião, do patriotismo, da arte, do amor e da
ciência.... Os ricos e os pobres lutam por dinheiro por razões muito
diferentes. Mas quem é pobre entende algo sobre o dinheiro que os ricos não
entendem. E o contrário também é verdadeiro. Os pobres sentem o poder do
dinheiro na própria pele. Uma pessoa rica freqüentemente sente isso nas suas
emoções, não no seu corpo. Quem é rico sabe que com dinheiro, muitas vezes,
você pode manipular, blefar, e fazer o que você quiser. Mas até um certo ponto.
Sabe interiormente que há algo essencial na condição humana que o dinheiro não
compra."
(JACOB NEEDLEMAN, entrevista à
EXAME, edição 645, p.76).
Texto 2
“Ter dinheiro, e ter poder, pode oferecer -nos alguns
momentos de embriaguez, a ilusão de felicidade, mas, no final, acaba por
nos dominar e levar-nos a querer ter cada vez mais e nunca estarmos
plenamente satisfeitos”,declarou o Papa durante a cerimonia de acolhimento aos
jovens, na jornada Mundial da Juventude, em sua visita ao Rio de Janeiro.
Texto 3
Há pouco mais de um ano, o economista inglês Mark Boley, de
30 anos, vive sem dinheiro. Cansado do “destrutivo sistema capitalista”, se
desfez de todos os seus bens e passou a viver em um trailer, se alimentar do
que encontra na mata e tomar banho com sabonete feito por ele com cartilagem de
peixe e sementes de erva doce. Boley é uma curiosa exceção em uma sociedade que
acredita que o dinheiro é mais importante hoje do que foi no passado. Segundo
um levantamento mundial feito pela Ipsos, multinacional francesa de pesquisa,
65% das pessoas ao redor do mundo têm essa visão.
Entre os brasileiros, o índice sobe para 70%, e entre os
coreano, chineses e japoneses, a 85%. A pesquisa revela ainda uma minoria nada
desprezível de 48% dos brasileiros que acreditam que o dinheiro é o maior sinal
de sucesso. [...]
Consumo
Para alguns especialistas em economia comportamental, no
entanto, os dados da pesquisa são sintomas de uma sociedade que valoriza em
demasia o consumo e que, possivelmente, esteja dando um valor equivocado ao
dinheiro. “Talvez a gente o esteja colocando no lugar errado, como o dinheiro
por dinheiro. Não faz sentido ele ter mais valor que no passado porque ele
continua sendo o mesmo meio de troca”, diz o economista Fabiano Calil,
especialista em finanças pessoais.
Para Calil, no passado havia mais clareza do papel do
dinheiro como meio, e não como fim. “Hoje, as pessoas têm a meta de ter ‘um
milhão de dinheiros’. Mas há um grande vazio nisso. Um milhão para quê?”.
Muitos dos seus clientes não têm essa resposta.
O equívoco, acredita a psicanalista Márcia Tolotti, autora
do livro Armadilhas do Consumo, é natural em uma sociedade do hiperconsumo, na
qual as pessoas são convocadas a comprar muito.
Sinais de mudança começam
a aparecer
Para o professor da UFSC Jurandir Sell de Macedo, doutor em
finanças comportamentais, o que faz crescer a importância do dinheiro para as
pessoas é a busca pelo status que ele traz. “As pessoas querem ser respeitadas,
reconhecidas em seus grupos. E, principalmente, é preciso comunicar rapidamente
este status, com o que o dinheiro pode comprar”, diz. “Meu avô foi um homem de
sucesso, respeitado na cidade em que vivia e deu nome a uma praça. Mas nunca
foi um homem rico. Hoje, se mede o sucesso pela riqueza, mesmo que ele não seja
real.”
Macedo vê, no entanto, sinais de uma mudança de
comportamento. “Muita gente chegou lá e está se questionando: ganhei tudo o que
queria e não estou feliz”, diz. “Nossa sociedade glorifica a falta de tempo.
Quando no fundo, ter sucesso é ter tempo.” É o que o economista Fabiano Calil
chama de “novo conceito de luxo”. “O luxo não é mais sinônimo de ter um
jatinho. É poder ir ao cinema às duas da tarde, em um dia de semana, com o
filho. Eu preciso de dinheiro para fazer de fato o que desejo? O importante não
é se gasto R$ 100 mil, mas como? Com o que?”
Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=993839&tit=Qual-a-importancia-do-dinheiro,
acessado em 21/08/13
A partir dos textos de apoio escreva um texto
dissertativo-argumentativo sobre o tema:
O
valor do dinheiro em nossa cultura
Ótimo tema!
ResponderExcluirTambém achei!! Obra da professora Marlise!!
ResponderExcluirBom dia Larissa, preciso muito da sua ajuda para hoje se possível.
ExcluirLarissa, qual o prazo de entrega ?
ResponderExcluirLarissa, acabei de descobrir o seu blog... Parabéns pela iniciativa! Apenas uma dúvida: para qual e-mail eu devo enviar a redação?
ResponderExcluirMuito obrigada Jaqueline!!
ExcluirSe não me engano o email é larissa@enemred.com.br. Foi pra esse que mandei.
ResponderExcluirObrigada Tiago =)
ExcluirOpa, já irei começar a desenvolver minha redação! \õ/
ResponderExcluirObs.: Também gostaria de saber qual é o prazo final de entrega?
Let's Go!. ;)
Não tem prazo :) Mas o ideal é tentar escrever uma redação a cada 15 dias mais ou menos.
ResponderExcluirPessoal diga de resumo para estudar nos próximos dias.
ResponderExcluirO site é grátis e é ótimo para estudar online
O link do resumo:
https://my.examtime.com//p/245381-Revis-o-Para-o-ENEM-em-20-dias-mind_maps
http://www.examtime.com.br
Com esse tema pode-se falar da desigualdade social na redação?
ResponderExcluirÉ possível visualizar as redações sobre esse tema ?
ResponderExcluirNão consegui me identificar. Patrícia.
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